ANT7701-07320 (20242) - Estudos Afro-Brasileiros - PCC 18 horas/aula

Como falar em racismo se no Brasil "não tem raça distinta"? Foi muito importante refletir sobre o caminho das lutas contra racismo. Entender o real tamanho e das opressões pela interseccionalidade nas três categorias e como elas e põe para cada indivíduo, o grupo puxou muitas reflexões para observarmos e como é desenvolvida de forma diferente a problemática de raça, gênero e classe quando estão sendo vistas entrelaçadas e quando estão sendo vistas separadamente. A fala sobre como a invisibilidade da mulher negra, o controle da imagem e a vulnerabilidade se dão foi importante para entender na prática como acontece o preconceito.

Gostei bastante da proposta do grupo, achei bastante didático a interação com a turma e a construção de poemas como forma de avaliação. A minha única questão é em relação aos conteúdos propostos, que nem todos eles conversam com os objetivos da aula. Também acredito que uma única aula para o 1º ano do ensino médio seja insuficiente para abordar a quantidade de conceitos complexos que vocês propuseram, tais como o patriarcado, colonialismo e o capitalismo (que não constam nos objetivos). Na minha opinião, fazer com que os alunos saiam da aula com o conceito de interseccionalidade bem definido já é uma aula de sucesso. No mais, parabenizo o grupo pelo ótimo trabalho!

Achei que o grupo trabalhou a temática de uma forma bastante didática nos seguintes momentos: a pergunta geradora sobre as vivências e a explicação a partir da metáfora da intersecção de vias de tráfego. Acredito que essas estratégias engajam a turma e prendem a atenção de modo bastante produtivo. Ainda que seja desafiador abordar o conceito de interseccionalidade e articulá-lo com os sistemas de opressão em 50 minutos para o público-alvo escolhido, o grupo conseguiu condensar bem o conteúdo para encaixá-lo na proposta. Além disso, o plano de aula ficou bem estruturado, com coesão nas atividades propostas.

O grupo trabalhou muito bem a temática, a construção de poemas para mim foi o mais interessante, me fez refletir. Parabéns ao grupo!

Gostei muito da aula, achei as falas bem didáticas e reflexivas. Além disso gostei muito da atividade proposta e da dinâmica usada em sala de aula.
Parabéns ao grupo!

Muito bacana a apresentação do grupo, falas muito didáticas, objetivas, sensíveis e bem reflexivas. A interação no começo e no fim, sobre os atravessamentos do tema me deixaram pensativo demais. Imagino que essa interação aplicada no primeiro ano do ensino médio seja ainda mais poderoso, por ser exatamente o momento onde estamos nos entendendo como membros sociais de importância nesse sistema. Como falado em sala também, está mais do que na hora de falarmos de gênero, raça e classe nas séries iniciais (não só do ensino médio). Eu queria ter ouvido sobre isso na quinta série, talvez só tenha ouvido no último ano da escola e sempre ligado a um saber que seria usado em provas, não ao que me moldaria como sujeito. Parabéns ao grupo, a sugestão é que numa próxima usem mais exemplos pensados na realidade, fugindo um pouco dos exemplos teóricos ilustrados da internet, realmente aqueles 3 círculos estáticos, parados e simétricos não conversaram tão bem com o que vocês estavam ensinando ali, pelo menos para mim foi difícil associar, mesmo no exemplo das ruas retas se cruzando, até porque somos seres consubstanciais, produzimos e reproduzimos efeitos em conjunto, uma rua não é apenas só “uma rua”, (sozinha, pura, ignorando a existência de outras coisas), que foi o que vocês concluíram no final com a interação. No mais, quem do grupo não estiver no caminho professoral, bom começar a pensar, são ótimos ensinando. Parabéns.

A forma com que os "professores" conduziram a aula foi super legal! Adorei a dinâmica de cada um ao se expressar referente ao assunto. A dinâmica com a turma foi bem interessante e, acredito, que fez com que todos refletissem acerca da pergunta colocada no quadro. Parabéns pelo trabalho!

O plano de aula sobre a interseccionalidade entre raças, gênero e classe apresenta uma estrutura clara e bem articulada, que combina com os objetivos, conteúdo e métodos para fomentar o pensamento crítico dos alunos. Os objetivos definidos abordam de maneira direta e acessível a introdução ao conceito de interseccionalidade, situando os alunos no contexto de marcadores sociais e suas implicações práticas.

O conteúdo programático é rico e abrangente, incluindo uma revisão histórica de sistemas de opressão (patriarcado, colonialismo e capitalismo) e a introdução de autoras importantes como Amanda Palha, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, entre outras. A escolha de incluir a metáfora da intersecção de vias de tráfego, proposta por Kimberlé Crenshaw, demonstra preocupação em facilitar a compreensão de conceitos complexos por meio de analogias visuais.

A metodologia utilizada, que combina exposição conceitual, momentos de diálogo e uma atividade criativa, é uma estratégia didática eficaz para promover a conexão dos alunos com o tema. A proposta de avaliar os alunos por meio da escrita de poemas permite que eles reflitam sobre o conteúdo de forma crítica e criativa, trazendo suas experiências pessoais para o centro de aprendizagem. O uso do poema "Vozes-Mulheres", de Conceição Evaristo, como inspiração para a atividade, acrescenta um elemento de representatividade e empatia à dinâmica da aula.

Como sugestão, seria interessante incluir um momento para que os alunos compartilhem seus poemas, caso se sintam à vontade, promovendo uma troca de perspectivas que possa enriquecer ainda mais o processo de aprendizagem. Isso contribuiria para a construção de um espaço coletivo de diálogo e escuta ativa.

Em resumo, o plano de aula é uma ferramenta bem planejada, com forte potencial para engajar os alunos e ampliar sua compreensão crítica sobre as interseções entre raças, gênero e classe, ao mesmo tempo em que valoriza sua expressão individual e afetiva.

Abordar interseccionalidade é um conteúdo bem abrangente e complexo, adorei a forma como foi debatido em sala de aula e também o modo como montaram o plano de aula. As dinâmicas e perguntas me cativaram, e me fizerem refletir sobre muitas vivências. Ir para esse lugar lúdico e sensível, assim como colocar como atividade avaliativa a criação de texto poético, me fez pensar outras formas também de mergulhar em temáticas mais densas como essa. A contextualização das autoras foi algo bem bacana. Parabéns ao grupo!

Gostaria de parabenizar o Grupo 5 pela apresentação sobre a interseccionalidade entre raça, gênero e classe. Achei muito interessante a forma como vocês abordaram a articulação dessas categorias, destacando a importância de enxergá-las como interligadas e não de forma isolada. A análise das desigualdades estruturais que perpassam essas dimensões foi bem fundamentada e trouxe reflexões relevantes.

Ficaria ainda mais interessante aprofundar a discussão sobre as estratégias de resistência e superação desses desafios em contextos locais e globais. Como vocês enxergam o papel das políticas públicas ou dos movimentos sociais nesse processo?

Parabéns novamente pelo excelente trabalho!

Gostei muito do trabalho apresentado, especialmente pela escolha de abordar o pensamento de Sueli Carneiro, uma figura central na luta contra o racismo e o sexismo no Brasil. A temática é extremamente importante, e o grupo conseguiu explorar bem a articulação que ela faz entre racismo, sexismo e desigualdades. Gostei também da forma que iniciaram a aula , com a pergunta que norteou a aula, e nos fez refletir sobre vários aspectos importantes.

A apresentação foi bem estruturada, trazendo exemplos bons e reflexões críticas sobre o tema.

Gostei bastante do plano de aula, especialmente pela forma didática e criativa com que foi estruturado. A metáfora da intersecção de vias e a produção de poemas foram ótimas escolhas para abordar a interseccionalidade entre raça, gênero e classe, integrando os alunos ao tema de forma bem dinâmica. A proposta foi bem pensada, parabéns pelo trabalho!

Muito interessante a forma como o grupo introduziu a aula a partir de uma dinâmica interativa com a turma. A temática da interseccionalidade foi bem introduzida a partir de um panorama histórico em que se tratou de capitalismo, colonialismo e patriarcado e foi bem exposta a partir dos artifícios semióticos como a imagem da interssecção de avenidas e o diagrama de Venn. Entretanto, acredito que pensando no público alvo visado o grupo acabou trazendo muitas autoras. Para uma turma de 1° ano do ensino médio, creio que seria mais eficiente buscar se aprofundar no tema a partir de uma síntese das contribuições das autoras utilizadas para a reflexão. No demais, meus parabéns ao grupo!

Que aula foi essa? Apesar do tema bem complexo, fizeram um malabarismo lindo para apresentar em pouco tempo e de forma dinâmica, bastante interativa, lúdica, clara e muito sensível. A inclusão das nossas experiências me fez refletir sobre falas da minha infância que só agora fizeram sentido. A proposta avaliativa é bastante interessante, pois, muitas vezes, é só através da escrita que algumas coisas saem da gente. Eu gostaria de ter tido uma aula assim no colégio. Parabéns à equipe!

Achei ótima a apresentação, intersseccionalidade entre raça, gênero e classe é uma aula fundamental que todos deveriam ter, no entanto penso que o formato da apresentação para uma turma do primeiro ano do ensino médico, ficou com uma carga de conteúdo complexa talvez, por exemplo, houve a citação de vários autores importantes de uma forma que exigiria da turma uma familiaridade prévia com o tema e autores. Para uma turma do primeiro ano talvez fosse melhor passar de uma maneira mais simples, claro q esta é apenas minha opinião. Contudo isto não tira o mérito da apresentação, pelo contrário, achei ótima, trazendo ótimas referências para a sala, mostrando a importância de termos a consciência de compreender as intersseccionalidades que compõe nossa realidade. Fazendo com que eu refletisse inclusive sobre de que forma este tipo de conhecimento poderia ser passado o mais cedo possível para conscientizar os estudantes, evitando situações de violência, racismo e preconceito? Me perguntando a partir de que idadede deveríamos falar sobre raça, classe e gênero? Enfim, ótima apresentação, acrescentaria apenas essa observação sobre a apresentação para o 1 ano.

Proposta super interessante para uma aula de ensino médio. Tratar de subjetividade e corporalidade nessa etapa de ensino que corresponde com um momento fundamental da vida dos estudantes no sentido da construção subjetiva pessoal é super importante e incorporar uma atividade que de fato experimentasse com a corporalidade, como uma colega falou, é uma ótima forma de fazê-lo. Senti um pouco de falta da exibição do documentário que estava previsto no plano, mas é compreensível que a execução da aula nem sempre siga à risca o planejamento. Ótimo trabalho!

Gostei bastante da aula, e achei muito interessante de realmente movimentar o corpo. Acredito que seria uma aula muito tranquila de se levar para o ensino médio, tirando os estudantes da inércia e realmente movimentar.
Parabéns ao grupo!

Acredito que o grupo abordou o tema de maneira bastante aprofundada, principalmente na exposição teórica inicial. Isso não é necessariamente algo ruim, mas não sei até que ponto se encaixa para o público alvo escolhido pela equipe. Imagino que seria interessante enxugar um pouco, ainda que conteúdo abordado seja essencial. O que mais chamou minha atenção foi o carimbó no último momento da aula, porque trouxe uma dimensão prática, tornando a aula descontraída e completamente alinhada com a proposta do grupo.

Eu adorei a oficina de carimbó e a poesia no final, fiquei super tocada e achei ótimas metodologias de ensino! Parabens ao grupo!!!

A aula foi muito boa, vocês conseguiram exemplificar o conteúdo de diversas formas, fazendo com que ficasse muito claro o objetivo que possuíam com a atividade de Carimbó. Em um cenário ideal, essa seria um plano muito completo para ser aplicado em duas aulas, para que a explicação e o documentário ficassem na primeira aula e a oficina na segunda aula. Parabéns!!

Gostei demais! O grupo escolheu uma forma de apresentação muito didática, conseguindo explorar muito bem os objevitos que propôs, sobre corpo, subjetividades negras e a cultura do carimbó, promovendo reflexões muito importantes. O debate sobre descolonizar corpos e mentes, é fundamental, além disso, trazer a noção da importância das manifestações culturais como meios de preservar o conhecimento, a cultura de um povo, sua arte, e muitos mais, é essencial! É realmente uma forma de fazer política, construir identidades, se conectar ao território e a ancestralidade. Por isso a aula para mim foi tão boa, pois, pudemos aprender isso na prática com as apresentações artísticas. A roda de carimbó com a professora Carol, foi muito boa, ensinando muito sobre a importância de nos unir em coletivo, curtir junto, rir, dançar com o outro, mantendo viva uma cultura e fortalecendo o senso de comunidade. Poder sentir isto na prática faz toda diferença, isso faz muita falta hoje em dia nas escolas e por que não, na academia. E para encerrar uma poesia de arrepiar com a grande poeta e artista, que tivémos o privílégio de partilhar o semestre, Eliza. =) Bom demais, parabéns a todos integrantes

!

A proposta didática do grupo foi muito boa, especialmente a oficina de carimbó! O grupo demonstrou maestria ao trazer essa prática corporal para a sala de aula, o que é um desafio para qualquer professor. A introdução teórica sobre corporeidade também foi excelente, com explicações claras sobre corpo colonial, corpo decolonial e corpo território.

No entanto, senti falta de um fio condutor mais claro que interligasse os três conteúdos abordados: corpo e subjetividade negra, manifestações culturais e Carimbó. Apesar de saber que o corpo era o tema central, em alguns momentos ele se perdia na apresentação. Os "três blocos" ficaram um pouco desconexos, com transições meio travadas.

Achei muito boas as perguntas “qual o rosto de uma professora? E qual o rosto de uma empregada doméstica?” para abordar a construção social da ideia de rosto/face.
O fechamento com o poema também foi muito bacana e pertinente à temática da corporeidade e subjetividade negra.

Acredito que devido a complexidade dos temas, cada um deles (corpo e subjetividade negra; manifestações culturais como forma de descolonizar; e a conceituação do Carimbó) poderia ser desenvolvido em uma aula separada aprofundando as discussões.

Sobre o plano de ensino: senti falta da especificação da disciplina em que a aula se insere e observei a necessidade de um cuidado maior na padronização das referências.
Parabéns ao grupo pela apresentação!